O VAMPIRO
(A Bíblia dos adolescentes)
Alcio
ZMF Editora
1º Edição
PRIMEIRA PARTE
PAVOR E ÊXTASE
CAPÍTULO 2
O Governador
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Eles fazem um barulho tão grande que até derrubam a gente. Mas, fique tranquilo que já está tudo esfriando de novo. O senhor já recebeu até de volta a maior parte dos seus soldados daquele dia. Não é verdade?
- E trouxe-os comigo...conforme o senhor me solicitou. E acho que o senhor tem toda a razão. Eu mesmo, confesso que gosto de ter esses rapazes por perto. Não titubeiam em serviço. Mostram que estão ali para agir nos momentos precisos.
- O coronel está com toda a razão do mundo. Eu acho muito engraçado é essa população viver protestando que a cidade está atulhada de marginais, e então, se acaso um homem como o senhor, no cumprimento do dever, manda algumas dezenas deles mais cedo para o inferno, vêm essas enxurradas de protestos em sentido contrário. As pessoas nunca estão satisfeitas.
- E eu acho até que elas protestam só por protestar, senhor governador. Sem qualquer sinceridade. E se o senhor der uma coisa a elas, elas pedem logo o oposto disso.
- Pedem mesmo. Não viu eles reclamarem que os marginais não tinham com eles nem uma só arma de fogo? O que é que esses jornalistas queriam? Na certa queriam que a gente passasse a distribuir armas de fogo nos presídios para os pobres bandidos carentes. Durma-se com um barulho desses!
- O senhor é dos meus, senhor governador - disse-lhe com ênfase o coronel Caio.
Dito isto, calou-se, e ficou à espera das instruções que o governador certamente lhe iria passar, relativas a sua presença na chefia da guarda do palácio.
O governador pôs-se a andar de um lado para o outro da sua faixa delimitada pela escrivaninha. As duas mãos entrelaçadas atrás, nas costas. E o coronel Caio pôde notar que o...
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