O VAMPIRO
(A Bíblia dos adolescentes)
Alcio
ZMF Editora
1º Edição
PRIMEIRA PARTE
PAVOR E ÊXTASE
CAPÍTULO 2
O Governador
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- Comandante Caio Célio, o senhor governador o espera.
O coronel ergueu-se vivamente, e o seu subcomandante disse-lhe:
- Espero-o aqui, coronel.
- Está bem - disse o coronel.
Ajeitou-se com esmero o uniforme , passou a mão pelos cabelos, e recolocou novamente o quépi. Em seguida entrou no gabinete do governador.
- Seja bem-vindo, coronel Caio _ saudou-o o governador , pondo-se de pé, e ajeitando ele próprio uma cadeira para o outro sentar-se. - Não imagina por quanto tempo tempo que vinha tentando trazê-lo para a guarda do palácio.
O coronel apertou-lhe a mão e sorriu modestamente.
- Eu também esperava por isso há muito tempo. Quase vim há três meses. Mas aí houve aquela terrível perseguição sobre a minha pessoa por causa do episódio Martines, senhor governador. Não vim por isso.
- Um desaforo, aquilo - o governador replicou-lhe, indignado - Eu diria mais: um desacato a uma autoridade do seu porte. eu quero que saiba que eu não aprovei pessoalmente nem um pouco o seu afastamento.
- Eu sei, senhor governador. O senhor tem outra cabeça. Mais lúcida. Mas o senhor sabe como é. Disseram-me que foi coisa de estrangeiros. Disseram-me que é porque estava havendo uma pressão internacional muito grande, que tinham que me manter dois ou três meses longe das tropas. Mas o senhor sabe que eu não entendo por que é que esses estrangeiros se metem tanto? Não sabem nada da nossa realidade.
- São essas tais organizações de direitos humanos. Por isso é que eu tive que concordar com seu afastamento provisório, e mais o afastamento de todos os seus comandados que entraram naquele dia no presídio Martines. Caso contrário,
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