quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O VAMPIRO (A BÍBLIA DOS ADOLESCENTES) PÁG 26

O VAMPIRO
(A Bíblia dos adolescentes)
Alcio

ZMF Editora

1º Edição

PRIMEIRA PARTE

PAVOR E ÊXTASE

CAPÍTULO 5

MEDO

Pág 26


...de narradora da peça, e trazia a cartola presa pela aba no cinto que tinha à cintura.
Lúcia Garbo trocou um olhar significativo com a jovem Simone para que esta interrompesse a conversa que estavam tendo. A jovem Simone compreendeu que ela não queria de forma alguma preocupar os seus amigos do peito, sobretudo agora, que estavam próximos da hora de iniciar o espetáculo.
- Oi amigos e amigas - disse-lhes a jovem Simone.
- Oi, bebezinho - replicou-lhe Bulotto, o lider do Grupo, com um sorriso irônico. - Julgamos que não viera. Já íamos mandar o ônibus do Jardim de Infância para apanhá-la em casa.
Bebezinho era o modo implicante com que ele tratava a jovem Simone.
- Pedi à Simone que me desse a opinião sobre o novo texto que pretendemos levar - disse Lúcia Garbo - Há um papel ali que tem tudo a ver com ela.
- Vamos ensaiar os enxertos? aparteou Aírton, que interpretava um dos papéis mais longos da peça. - Tenho quase dez frases novas para repassar. Vamos?
- Vá logo mudar de roupa, bebezinho - arrematou Bulotto. - Assim a gente já ganha tempo se por acaso passar da hora e o público chegar.
- Eu não vou trocar de roupa agora e nem vou ensaiar os enxertos - disse-lhes Lúcia Garbo - estou morrendo de dor de cabeça e vou ficar aqui deitada no camarim até a hora do espetáculo. Senão, não vou conseguir entrar na hora.
- Ok, Garbo - disse-lhe Bulotto com uma piscadela e um levantar de ombros. Também...ensaiar o quê? No seu papel você não gosta mesmo de mexer em nada, nunca.
- E estamos conversados - sorriu-lhes Lúcia Garbo, passando a mão pela testa e em seguida deitando-se a todo comprimento na cama superconfortável que havia no seu camarim.


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